15.3.10

Perguntas

ELA: Por que você chora tanto?

ELE: Por que você não chora?

ELA: É por mim?

ELE: O que você acha?

ELA: Você acha que eu mereço?

ELE: O quê?

ELA: Sua dor?

ELE: Você acha que é só dor?

ELA: O quê mais tem?

ELE: Você acredita em amor?

ELA: Você sabe o que eu já passei?

ELE: Você sabe o que eu já passei?!

ELA: Você já amou?

ELE: Desse jeito?

ELA: Qual jeito?

ELE: Você não sabe o que é amor, mesmo?!

ELA: Será que é do jeito que eu penso?

ELE: Você não acha que pode ser do jeito que é?

ELA: Por que você tá chorando de novo?

ELE: Por que você não chora?

Terremoto/adaptação

Discutamos o processo de adaptação:

À primeira vista, me parece que se trata de um tipo de acomodação à uma nova situação ou condição.
O que se deve analisar é como se dá esse processo: de maneira radical ou gradativa.
O tempo, sem dúvida é essencial para a concretização do fenômeno adaptação.
Cabe, aos lados interessados, determinarem em quanto tempo se dará tal mudança.

Efeitos colaterais são previstos e aceitáveis, dependendo da magnitude do caso.
Adaptar não é fácil.
E nunca será.
Como adaptar-se à algo novo sem perder a identidade?
Talvez seja a maior questão:
Mudar, preservando a essência.

Mudança pressupõe movimento.
Mas também não quer dizer que movimento seja absolutamente benéfico.
É importante destacar a bilateralidade das coisas.
O movimento pode ser catastrófico, dependendo das condições que acontecer.
Um terremoto.

A Terra está tremendo.
Meu coração está tremendo.
Movimentos acontecem.
Bons e ruins.
O pensamento não estabiliza porque o chão não pára.
Preciso chorar os mortos e salvar os próximos.
Há muito trabalho à fazer.
Só espero não ser engolido por um buraco.