25.11.08

Foda e risada

A gente só tem uma vida, né?!
Pois é, a minha vida é comediante.
Ela tem personalidade.
É tipo stand-up comedy.
Chuta minha bunda e toca uma música do Odair José.
E eu ainda acho graça.
Dou risada.
Minha vida tem nariz de palhaço e parece com o Homer Simpson.
Tô fudido, né?!
Mas beleza...
Me fodo dando risada.
Quer coisa melhor?!
Tudo o que a gente quer na vida é foda e risada.
Minha vida é perfeita.
Amém!

24.11.08

À um telefonema de distância

Sei que você não quer ler mais sobre as coisas que escrevo.
Talvez porque eu escreva muito sobre as pessoas.
Sobre as pessoas que passam próximas à mim.
Escrevo sobre a impressão que tenho delas e não o que eu espero delas.

Você não quer ler porque te machuca.
Eu respeito.
Porque você me conhece: e isso é verdade - você me conhece.

Você sabe que cada palavra minha tem uma dose gigantesca de verdade.
Cada frase tenta sintetizar o que eu sinto.
E cada texto é um capítulo da minha vida.
E você tem vários capítulos no meu livro.
Muitos capítulos...

A distância entre nós, à vezes é gigante.
Outras vezes estamos "à um telefonema de distância".
Porque você nunca deixou de ser inspiração.
E, talvez, nunca deixe.

O fato é que o fim é triste.
E o recomeço é uma luta.
E chegaremos à vários fins porque esse é o propósito da vida:
Nos preparar para o Grand Finale.

Até lá, não deixe de contribuir pro meu livro,
Não delete nossas fotos,
E não mande eu me fuder.
Mas tudo bem se você não quiser ler sobre o que eu escrevo.
Eu entendo...

Bin Laden.


Ele tá escondido na Gambiarra.
Filho da puta...

23.11.08

A mulher sem fim.

A mulher sem fim é assim: sem fim.
Ele pede cerveja até o bar fechar.
Fala sobre coisas que não te deixam ir embora.
Dá risada do japonês da mesa ao lado.
Teoriza sobre: psicologia e teatro.
E fala muita besteira.
A mulher sem fim é um inferno.
Dá vontade de levar pra casa, já que é sem fim.
Quando ela pára?
Se é que pára...
Ela fala: "Eu sou assim..."
E assim que tem que ser.
A mulher sem fim.

22.11.08

Rua Nestor Pestana.


Você imagina o que acontece na Rua Nestor Pestana?

De tudo um pouco.

Tem um pouco de prostituição.

Tem os velhinhos indo pra ACM.

Tem os roqueiros curtindo a OCEAN no meio de semana.

E tem beijo também...

Tem, viu!
Eu vi um ontem.
Beijo do bom.

Aquele beijo que a gente não esquece.

Aquele beijo bom de ver. E bom de beijar.

Ai, se esquina da Consolação falasse...

21.11.08

Filme.

A vida parece um filme, não!
A vida é um filme, você não entendeu - contradizendo Herbert Vianna.
A vida me conduz com requintes de crueldade.
Mas no fim da noite eu dou risada.
Dou risada de mim.
De quem tá do lado.
Saio rindo.
Entro rindo.
E saio rindo.
Pra mim, a vida é um filme tosco.
Filmado em H8.
É um filme que não bate o branco.
Que até tem uma fotografia legal...
Mas com uma péssima finalização.
É um filme interessante.
Que vale a pena locar.
Pra dizer que viu.
Só pra isso.
A vida é aquele filme péssimo que você tem certeza que vai ter sequência, tipo: A VIDA II.

Fim.

19.11.08

Parabéns, Mochila.


Mochila é meu irmão.
Meu irmão mais novo.
Fudido, o cara.
E hoje é o aniversário dele.
Vai ser pai.
Curou uma mandinga.
Gosta de cerveja.
É tricolor.
E é meu irmão.
Tinha cabelo comprido e liso até os 12 anos.
Depois ficou sarará, como eu.
Hoje é seu aniversário.
Parabéns.
Vai tocar comigo domingo.
28 anos.
Já acelerou e desacelerou.
Agora fez o Chicão!
Tá de 4 meses?!
Acho que é...
Quando era muleque, me caguetava.
Agora passa um pano.
Brother é brother.
Tenho outro irmão:
Mas desse eu falo quando for o aniversário dele.
Hoje é do Mochila.
E Mochila sabe como é:
A gente carrega nossa casa nela.

Parabéns, mano.
Bem vindo à vida.
É nóis.

Atrasado.

Voltei ao bar e você não estava.
Incrível.
Continuo perdendo o tempo das coisas.

18.11.08

Caralho, não pára de chover!

Sigo assim

Acho que a gente se encontra lá na frente,
Mais ou menos como aconteceu antes.
Acho, também, que a gente pode não se encontrar mais,
Mais ou menos como deveria ter acontecido.
A gente se desencontrou.
Mas te encontro toda hora em mim:
Às vezes te encontro o dia inteiro.
Às vezes te encontro 6 ou 7 vezes.
Às vezes, 1 vez.
E é nesses dias que eu vivo melhor.
Quando não te encontro.
Ou que eu te encontro 1 vez.
Até 2 vezes eu consigo respirar.
Passando disso fica difícil.
Mas sigo assim:
Tentando boicotar nossos encontros.
Como boicotei nossa história.
Sigo fugindo.
Me desencontrando.
Pra não te encontrar.

16.11.08

La la la la la la...

La la la la la la la la la la la
La la la la la la la la, la la la la la la la...
La la
La la la la
La la la la la la la la la...
La la e la.

15.11.08

Tiros na Alma 2

Sobe luz. A está sozinho. B chega.

B - Esqueci o cigarro.

A - Pára de fumar...

B - Não consigo.

A - Por que?

B - Não sei. É difícil.

A - Eu sei.

B - Não. Você não sabe.

A - É. Eu não sei.

B pega o maço de cigarros e vai saindo.

A - Não vai...

B pára olha pra A. Silêncio. Eles se olham. A não diz mais nada. B sai. A fica sozinho.
Por que você foi embora?

14.11.08

What the hell am I doing here?

Saudade da filha da Dirce.

Faz tempo que não vejo a filha da Dirce.
- Falar com ela?! Faz mais tempo ainda...
Tenho saudades dela.
A filha da Dirce era a mais zuada da escola, mas sempre achei ela bonita.
Falavam que ela tinha bocão...
Mas tem algo melhor do que boca carnuda pra beijar?
Uma vez, passeando comigo, ela colocou o gorro do moleton na cabeça e ficou parecendo um espermatozóide.
Um espermatozóide lindo.
Tenho saudade da risada sem controle que ela tem.
Sabe o que ela fazia à noite, na hora de dormir?
Ela enroscava o dedão do pé dela no meu.
Era uma puta sensação.
Nunca mais esqueci.
Ela aprendia umas piadas com um amigo dela e vinha me contar.
Às vezes não tinha graça...
Mas eu ria porque era muito bom ver ela se divertindo.
Bons tempos...
Agora eu não sei onde ela foi parar.
Viram ela passeando com outro menino. Sem o gorro do moleton.
Tenho muita saudade dela.
Mas uma hora passa...
Espero.

Tiros na Alma 1

Sobe luz. A e B conversam.

A - Por que toda vez que eu digo que te amo você pergunta se eu tô bem?

B - Porque eu não te amo.

A - Eu sei.

B - Então por que você fala que me ama?

A - Porque é verdade. Eu te amo.

B - Eu sei...

B abaixa a cabeça, levanta a cabeça olha pra A e sai. A fica sozinho. Abaixa luz.
Saída pela direita.
Não deixe de utilizá-la.

13.11.08

Cricket.


"Cricket...

Barulhinho gostoso daqueles que a gente só ouve, quando não se ouve nada...

Cricket...

Barulhinho saudoso daqueles que só ouvimos, quando ouvimos a pessoa amada.

Cricket...

Eh, grilinho danado esse".


By Cris Perón.

Sabe?

Sabe aquela ansiedade que a gente sente antes de entrar no dentista?
Sabe quando você vai conferir o resultado da mega-sena?
Sabe aquele momentinho antes da cortina abrir?
Sabe quando a sua ex - ou seu ex - tá prestes a chegar no lugar que você tá?
Sabe quando você acaba de digitar sua senha no cartão de débito na balada?
Sabe quando você dá aquela freada no carro e quase bate no carro da frente?
Sabe aquela dor de barriga incontrolável?
Sabe aquela expectativa daquele dinheirinho que precisa entrar no sua conta?
Sabe aquele momento antes do pênalti?
Sabe apuração de escola de samba?
Sabe aquele momento antes de dizer eu te amo?
Sabe aquela hora antes de entrar no embarque?
Sabe quando você quer fazer xixi e o banheiro tá lotado?
Sabe quando você quer falar mas as palavras se transformam em rugas no seu rosto?
Sabe quando você quer mas não pode?
Sabe quando você podia mas não fez?
Sabe quando você faz mas não devia ter feito?

É assim que eu tô me sentindo agora.
Tudo ao mesmo tempo.

12.11.08

Devaneio 12

Na dúvida, pastel de carne.

Devaneio 11

Na dúvida, saia correndo.

Vendo um coração ou troco por um video game.

Vendo coração semi-novo.
Vermelho Ferrari.
Funilaria e pintura ok.
Faço revisão antes do negócio.
Sem luz de freio.
Motor tinindo.
Direção suave.
Ou troco por um Playstation 3.
Favor deixar proposta.

Obrigado.

Obrigado!!!!!!!!


Gruli e Anninha,
Obrigado pela companhia e uísque nosso de cada dia!
Vocês me aliviam a alma.

Uma pilha de pratos na minha cabeça.


Fui ver hoje "UMA PILHA DE PRATOS NA COZINHA".
O brilhantismo da relação entre os personagens (ou se preferir, os atores), me levaram à plenitude que poucas vezes senti no teatro.
Já chorei muito em filmes.
Mas em teatro é a terceira vez.

Eis as peças:

1. Nossa Vida em Família - Vianinha - Direção de William Pereira. Com Walter Portella (com quem tive prazer de contracenar) e Miriam Mehler fazendo uma cena fantástica;
2. O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - Texto e direção de Wladimir Capella - Assisti 2 vezes e chorei nas duas;
3. Uma Pilha de Pratos na Cozinha - Texto e direção de Mário Bortolotto - É de querer morrer e viver cada vez amor!

Amém!!!!!

11.11.08

Quarta ou quinta.

Você não podia ter ido.
Nossa quinta foi tão boa.
Como vai ser a próxima quinta?
Vão haver outras quintas?
Antes a quarta era mais importante pra mim.
Meu time joga na quarta.
Agora quinta é mais importante.
E nem sei se vai existir outra.
Nem ligo mais pra futebol.
Presta atenção: não ligo mais pra futebol!
Logo eu que queria ser goleiro.
Tudo por sua causa.
Não, não...
Não quis ser goleiro por sua causa.
Não ligo mais pra futebol por sua causa.
Você diz: "É saudável".
Saudável?!
Pode até ser...
Pra você.
Quinta tá logo aí.
Se você não voltar só vai me restar uma coisa:
Torcer pro meu time ser campeão pra eu poder esquecer a quinta.
E amar a quarta de novo.
O inferno são os outros.

sartre.

Vasco Rossi


Semana passada tive o prazer de conhecer o italiano Vasco Rossi.
Não pessoalmente.
Conheci sua música.
Tem uma hilária: Colpa d'Alfredo, ou, Culpa do Alfredo.
É a história de um cara que comprou um carro pra levar uma menina pra sair, e no dia que iria acontecer isso, Alfredo distrai o cara e a menina sai com um africano.
Deu tudo errado.
Acho que por isso que eu gostei.
Me identifiquei com o cara da música.
Mas assim como o cara da canção, "eu te levaria pra América"!

O que é argumento?

Argumento é base de sustentação da sociedade moderna.
Tenha o seu ou compre algum.
Uma hora dessas você vai precisar.

7.11.08

Suicídio


Quando eu me joguei do prédio,
Só via seu rosto no reflexo das janelas do prédio da frente.
Parecia que você pulava comigo.
Mas você continuou lá em cima.
Ficou lá.
Me olhando cair.
Apesar do vento ter secado meus olhos, eu te vi até o fim da minha queda.
Você me acompanhou até o estampido final.
As pessoas gritaram mas eu não ouvi nada.
Caí em cima de um carro.
Caí em cima do seu carro.

Espero que você tenha seguro.

4.11.08

Pessoa comum

Meu objetivo é te transformar numa pessoa comum:
Pensar que seu sorriso seja apenas dentes e boca.
Pensar que jamais estive perto de você.
E que não me importo que você esteja longe.
Quero passar por você na rua e (quase) não te reconhecer.
Quero que você seja apenas mais uma menina bonita,
que nunca vai querer nada comigo.
Preciso inventar defeitos pra você.
Preciso pensar que não daria certo mesmo,
porque não temos muito tempo pro outro.
Preciso encontrar uma mulher que seja melhor que você.
Que me faça rir como você.
Que seja amiga como você.
Que seja linda como você.

Só assim você será uma pessoa comum.
E eu (quase) não vou te reconhecer na rua.
Só assim vou te esquecer.