O reinventor da morte

Ouvi, li e vi muita gente reclamando sobre o "exagero" em relação à morte de Michael Jackson.

1. "...é um absurdo fazer um 'espetáculo' no velório do cara, blá, blá, blá...";
2. "...não aguento mais falar em Michael, blá..."
3. "...blá, blá..."

Quem assistiu hoje na TV a cerimônia de despedida, viu algo que ficará pra história.
Bem vindo aos novos tempos.
Morreu o rei do entretenimento, o rei do pop.
E até em sua morte, Michael foi inovador.

Ele reinventou o clipe.
A dança.
O show business.
A música.
E agora reinventou a morte.

Talvez a morte não deva ser chorada, mas cantada.
Se você viu a cerimônia sabe do que eu tô falando.
Se não viu, corra pro youtube.
Ou espere lançar em DVD.

Você acha que não se deve fazer isso?
Se você acha isso, você não conhece Michael.
O que você esperava do homem responsável pelo álbum mais vendido da história da música mundial?
Agora será responsável pelo DVD mais vendido da história.

Michael está sendo aclamado como um rei, num tempo que não existem mais reis.
E não me venha dizer que ele não é um rei pra você.

Duvido que você não tenha tentado imitá-lo quando criança.
Que sua música não tenha embalado alguma história sua de amor.
Que não se assustou com Thriller.

Michael parou guerras.
Ajudou pessoas.
E divertiu pessoas.

Ah, tá.
Você deve estar pensando:
"...é, mas ele comia criançinhas!"
Comia?
Você tem certeza disso?
Pense de novo.
Certeza absoluta?
Quer mais um tempo?

(tempo)

Não precisa responder.
Você tem o direito de pensar o que quiser.
Mas talvez a sua não seja a opinião do mundo.

Os dias continuam.
Sem Michael vivo em carne.
Mas vivo na forma em que ele foi um gênio: em forma de música.

Take a look at yourself, and then make a change, brother!