22.1.10

A Garota de Vênus - Parte 5

Enfiei a chave na porta depois de quatro tentativas, tamanha era minha ansiedade.
Quando abri, ela não estava.
Como assim?
Olhei para os dois lados da rua e nada.
Quando ouço:
- Aqui, sua peste!
Estava na janela do meu quarto.
Peste?! Ela me chamou de peste.
Pode até parecer estranho mas eu gostei. Achei que tinha a ver, não sei porquê.
Subi e quando entrei em casa, cadê?!
Já sei, quer brincar.
- Deve estar escondida – disse alto, pra que ela entendesse que aceitei a brincadeira.
Atrás da porta: não.
Ao lado da geladeira: não.
No banheiro: não.
Debaixo da cama: não.
Em cima do guarda-roupa: não.
Atrás do sofá...

Sumiu.
E seus sapatos? Onde estão? Sumiram.
- Não entendo – Pensei confuso.
Olhei pela janela novamente: nada.

De repente, me olhei de fora e vira que papel ridículo tinha feito.
Falei com ninguém? Tomei uma sapatada nas costas de ninguém?
Esquizofrenia?
Fiquei preocupado.
Enfim, ela não estava lá.
Devia estar sonhando acordado.

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